Gravidinhas
À ESPERA DO HEITOR
Tudo começou quando eu pedi a Deus um homem quase perfeito e Deus me atendeu. Em três meses, conheci o Rafael e estamos juntos até hoje.
Casamos em outubro de 2013 e já começamos a tentar engravidar, mas eu ainda estava muito insegura, tinha muito medo, medo de como seria. E se eu me separasse novamente? O Vinícius, meu primeiro filho, já estava com 14 anos. Eu não evitava, mas ao mesmo tempo não queria. Em alguns meses eu até desejava, mas em outros a razão gritava ao meu ouvido e eu já não queria mais. Ter um filho era o sonho do Rafael, por isso, nunca fui muito clara com ele em relação à minha insegurança.
Como não conseguia engravidar, comecei em 2014 a procurar médicos para descobrir a causa. Fizeram vários exames, tanto em mim, quanto no Rafael e nada foi encontrado.
Em 2017, a menstruação atrasou, fiz um teste de farmácia: negativo. Três dias depois repeti o teste: positivo. Fiquei sem chão! Até aquele momento, eu ainda não tinha certeza se queria ter outro filho. Dois dias depois, já estava apaixonada e me sentido a grávida, mesmo assim, preferi não contar nada para o Rafael, pois era preciso primeiro saber se estava tudo bem com o bebê. Fui a uma médica de confiança que me pediu que fizesse o exame de Beta HCG, resultado: níveis de HCG baixos demais. Então, repeti após 48 horas, porém os níveis não subiram muita coisa. A médica esperava, no mínimo, o dobro do primeiro resultado e, então, ela me explicou que a gravidez não iria para frente, que eu podia aguardar pra ver se o corpo expulsaria sozinho ou, se não, que seria necessária uma curetagem.
Nessa altura do campeonato, eu já queria aquele bebê e, por isso, mudei completamente. Meu desejo de ser mãe novamente cresceu em mim.
Em maio de 2018, descobri que havia desenvolvido endometriose, fiz os exames e ainda foi diagnosticado adenomiose, ou seja, mais complicado impossível.
No começo de junho, tive uma revelação na igreja. O senhor me disse que estava soprando vida em meu ventre.
Então, parti para o plano de tentar a fertilização. Passei a fazer acompanhamento com duas médicas e todas duas me alertavam que existiam grandes chances de não conseguir engravidar com óvulos próprios, afinal eu já estava com 41 anos.
Iniciei o tratamento: tenso, dolorido e caro! Mas os resultados foram tão positivos que nem acreditávamos. Tive óvulos próprios e de qualidade. Como eu estava com endometriose, a médica preferiu congelar os embriões para que eu pudesse fazer o tratamento primeiro. Em outubro, recomeçamos e a médica decidiu fazer a transferência de dois embriões, no dia 19. Ali eu já tinha certeza do sucesso, porque Deus pensa em detalhes. Dia 19 de outubro é nosso aniversário de casamento. Onze dias depois, veio o tão sonhado positivo, do jeitinho que eu havia pedido ao Senhor. Apenas um embrião fertilizou e, hoje, o nosso Heitor nos faz feliz, um filho desejado por mim, pelo pai e pelo irmão - que hoje tem 20 anos.